sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Itajara na Pista - Corrida Eco Run

Domingo passado voltei a participar novamente de uma corrida. Desde a Corrida em Casa em julho que eu só treinava.....e assim mesmo, meia-bomba. Participei da prova Eco Run  de 10 km.

Eu estava sentindo falta da adrenalina das corridas...participar de uma prova é bem diferente de apenas treinar....como dizia o craque Didi da Estrela Solitária....treino é treino, jogo é jogo....

Itajara - vencedor da Tríplice Coroa em 1987
A prova foi no Jóquei Club de São Paulo com largada as 7:30 da manha. Ao meu lado como sempre, minha adorável Lulu.....Lucia assistiu a prova de lugar privilegiado, a tenda da Assessoria Fabio Medina estava localizada bem próximo da linha de chegada.

antes da prova, só tranquilidade
Decidi usar a mesma estratégia que usei nas últimas duas provas, corrida em U. Ela se baseia em correr bem rápido o primeiro quilômetro da prova, manter um ritmo contínuo e acelerar novamente nos últimos dois quilômetros. Assim, larguei forçando bem com o ritmo de 4:23 min/km.

Como o tempo estava nublado com pouco sol. a prova teve um ritmo forte. O percurso passava por dentro do jóquei e misturava asfalto e terra batida. Foi a primeira vez que corri fora do asfalto....tenho que confessar, me sinto igual carro de corrida, não nasci para correr fora do asfalto.....corrida off-road não é comigo......teve gente que escorregou, caiu e ficou pelo meio do caminho todo arranhado.

Reta final do Jóquei
Outo aprendizado importante é estudar o percurso....mais uma semelhança com a nossa formula 1. Assim como no automobilismo é importante conhecer o traçado da pista, faz diferença na corrida de rua conhecer a altimetria do percurso.....saber aonde tem subida....não adianta nada deixar para acelerar aonde tem subida, pois só vou me cansar.....E nessa corrida, tinha uma subida chata por baixo da ponte Eusébio de Matoso....tinha que passar por ela quatro vezes.....duas na ida e duas na volta....

A chegada foi dentro do Jóquei Club, numa pista paralela a raia principal......ou seja, na hora do esforço final, todo mundo se sentia um verdadeiro cavalo galopando....por alguns minutos, fiquei com a sensação de ser o Itajara....vencedor da Tríplice Coroa do Jóquei Club Brasileiro....

Como sempre, Lucia me esperando na chegada
A boa noticia é que fiz um excelente tempo de 47min 26seg.....o que seria facilmente meu novo recorde dos 10km,...a má noticia é que a FIA (Federação Internacional de Atletismo) não homologou meu tempo porque a prova tinha 200 metros a menos.....isso daria quase 1 minuto de prova....

Recorde não homologado
Como consolo, cheguei em 11o lugar na categoria dos velhinhos entre 45 e 49 anos......Agora é manter o Foco & Disciplina para melhorar meu tempo na próxima prova no final de novembro....

domingo, 6 de outubro de 2013

Números não Mentem

Há 5 meses atrás, fiz minha 3a avaliação física e médica para medir minha evolução. Tão importante quanto os resultados que tenho obtido nas corridas, tem sido a melhora de outros indicadores...estes mais relacionados a saúde e capacidade física.

Apenas para relembrar um pouco o histórico, até maio de 2011 eu era um completo sedentário. Em maio, comecei a correr....uma vez por semana aos sábados.....é até feio dizer que fazia exercício. Em fevereiro de 2012, entrei para Assessoria de Corrida Fabio Medina e começou o Início do Profissionalismo....deixei de ser o Forrest Gump. Em junho de 2012 fui numa Consultora Alimentar pela primeira vez na vida, muito contra vontade. Em dezembro de 2012, comecei a preparação para meia maratona com mudanças nos treinos, alimentação e preparação física.

Números falam por si só
Ao longo de quase 15 meses, fiz 3 avaliações físicas completas, a primeira em janeiro/2012 quando comecei a me dedicar aos treinos. A segunda em dezembro/2012 após quase 1 ano de treino  (Resultados Check up - Parte 1 e Resultados Check up - Parte 2) e a última em abril/2013, após a minha primeira meia maratona .

O indicador mais conhecido é o peso, e ele mostra uma uma melhora acentuada. O indicador de percentual de gordura é tão importante quanto o peso. Não podemos confundir ficar mais leve, com ficar mais magro. Em 1 ano em meio, perdi 7kg (passei de 81kg para 74kg) e diminui minha gordura corporal em 11%. Atingi 21,23% de gordura.

No gráfico abaixo, isso fica mais claro. Da primeira para segunda avaliação, fiquei mais leve, mas não fiquei mais magro. O peso diminuiu de 81 kg para 75,30 kg, porém minha gordura corporal se manteve em 23,8%. Nesse período eu perdi massa magra principalmente devido as características dos treinos com foco na meia maratona. De lá para cá, tivemos que mudar tudo: treino de corrida, treino de musculação e principalmente alimentação.....não dava para perder os poucos músculos que eu tinha.

Ainda preciso melhorar bem
Dependendo do esporte praticado, o percentual de gordura de um atleta de ponta pode variar de 3% a 16%. Enquanto os maratonistas tendem a ter um percentual entre 3% e 6%, nadadores possuem um percentual entre 8% e 11%. Ou seja, tem muita pista para melhorar.

Porém, aonde percebo uma grande evolução, é na avaliação cardio-respiratória para prática esportiva. Em cada um dos exames Ergo-espirométrico, é possível perceber melhora. Um dos indicadores mais usados nessa medição é o VO2 máximo. Ele mede o volume máximo de oxigênio que o organismo consegue captar do ar respirado, transportar pelo sistema cardiovascular e transformar em energia para uso do exercício físico, numa unidade de tempo. Essa medida é muito importante, pois avalia o sistema respiratório, sistema cardiovascular e sistema muscular.

VO2máx - excelente indicador 
Ao longo desse período, o VO2max passou de 42,89 mL/kg/min para 54,59 mL/kg/min. A melhora foi de quase 30%. Ou seja a coisa estava tão ruim que não foi difícil melhorar. Atletas de ponta chegam a ter o indicador de 80 mL/kg/min. Idade, genética e taxa de gordura influenciam diretamente nesse indicador.

A evolução desses indicadores comprova a eficiência de treinos específicos para cada objetivo, desde a perda de gordura corporal até melhora de condicionamento físico. Assim como os números não mentem, contra fatos não há argumentos.