quinta-feira, 11 de julho de 2013

Corrida em Casa

Felicidade, isso resume a sensação ao final da meia maratona do Rio. A ansiedade para esta prova estava alta. Quando terminei a meia maratona de Santiago há 3 meses, fiquei muito satisfeito com o meu desempenho, em Santiago foi literalmente "Missão Dada, Missão Cumprida".

Talvez por ser a primeira meia maratona, a minha preocupação na prova era apenas completar a dita cuja. Agora, eu me cobrava um desempenho superior, embora eu nem saiba o quanto superior deveria ser. Afinal de contas, venho seguindo os treinos, musculação e alimentação nos últimos três meses com Foco & Disciplina....não dava para não melhorar.

Sábado era o dia de buscar o kit da prova. Fomos ao Aterro na hora do almoço e não tinha a menor chance de pegar kit. Era muita gente num lugar sem a menor estrutura, debaixo de um sol escaldante....dá pena quando comparo com a infra-estrutura da prova de Santiago. Resumo voltamos para casa e decidimos buscar o kit a tarde, ao apagar das luzes.

Após o almoço em família, com direito a pai e mãe, pegamos os kits e na volta ainda passei pela loja da estrela solitária e comprei o presente surpresa do meu pai. Ele faz aniversário na semana que vem e vai ganhar uma camisa do Gerson, Canhotinha de Ouro. Embora poucos saibam, meu pai é torcedor da Estrela Solitária. Sorte a dele que não está no desespero com a Caravela...

Rio de Janeiro - Cartão Postal das corridas
Lulu preparou mais uma vez uma deliciosa massa a noite e logo depois, cama...A largada da prova era as 6:40 da manha na Barra da Tijuca. Como estávamos hospedados na sogra, isso significava que eu teria que acordar as 4:30 da manha...caso contrário não daria tempo de seguir todo o ritual....cafe da manha, descomida e banho....

7 de julho...chegou a hora da verdade. Eu, Dimas e Glaubinho pegamos um táxi as 5:30 e nos mandamos do Leblon para Barra. Estava uma escuridão só e a temperatura bem agradável. Chegando lá, uma multidão como sempre. Dos mais de 20 mil inscritos no evento, 10 mil iriam correr a meia maratona. Essa prova mostra toda beleza da Cidade Maravilhosa, ela é feita o tempo todo beirando o litoral, passando por pontos turísticos como praia de Copacabana e Pão de Açúcar.

Glaubinho, Dimas e eu - próximo encontro em Brasilia
Largamos. Como toda largada, um tumulto danado. Na minha estratégia planejada, eu mais uma vez iria tentar forçar um pouco no inicio e depois no final, o que chamam de estratégia em U. Larguei forte, fazendo o primeiro Km em 5min e 20seg e logo em seguida começou a subida da elevado do Joa....já não dava para ir tão rápido e ainda tinha um túnel. No túnel, o Garmin para de marcar o ritmo...durante esse período é um voo cego....não sei exatamente com que velocidade estou correndo.

Logo depois, entramos em São Conrado de frente para o por do sol....nesse momento eu ainda conseguia prestar atenção na paisagem....parecia um cartão postal com a praia a direita e o por do sol a frente...Com uns 6 km veio a parte mais dura da prova....começou a subida da Avenida Niemeyer...o mais estranho é que quando a Niemeyer parava de subir e eu achava que iria começar a descer, ela começava a subir de novo...e foi assim três vezes...Quando entrei na praia do Leblon e percebi que estava no meio da prova e com um ritmo de 5:21 min/km, me dei conta que dificilmente não faria um tempo abaixo das 2 horas. Dai até o final, foi só manter o ritmo próximo de 5 min/km (12 km/h) e nos últimos 3 quilômetros, acelerar o que restava. Fiz o ultimo Km em 4:36 min.

meu novo recorde mundial
Quando entrei no Aterro, lembrei que a minha primeira corrida (Corrida Panamericana 2011) também havia sido no Rio com chegada no Aterro e na companhia da galera de Floripa. Cruzei a linha de chegada com um tempo de 1h 49min 29seg. Melhorei o meu recorde mundial em mais de 11 minutos...simplesmente pulverizei a marca anterior...Comecei a achar que sou filho de queniano e não sabia...

Eu e meu pai queniano
Apos a largada, foi só comemorar nos braços da galera....É muito bom correr em casa, perto da família....me senti na Colina Histórica.

Nada como correr em casa
Para variar, fomos comemorar com uma dose de Joãozinho Andarilho.

Comemorando com um escocês 12 anos
Eu, Dimas e Glaubinho marcamos um novo encontro para outubro em Brasilia - 10 km na Track&Field...isso enquanto não agendamos voos maiores...

Corrida no Rio é com casa cheia

5 comentários:

  1. Parabéns Pedrao! A se nosso Vasco estivesse correndo q nem vc !! Gde abr! Rodrigo

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    1. Eh cara, a coisa ta feia...mas a caravela vai engrenar....temos a Cruz de Cristo no peito....fé em Deus...um abraço,

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  2. Saudações Poéticas

    Foi um dia muito especial
    A familia toda delirou
    Com a chegada triunfal
    Do campeão que voltou.

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  3. E ai Pedro!!

    Estava lendo seu post sobre a corrida, muito bom msm.
    Parabéns pelo tempo.

    e ai quando vai ser a próxima?? Maratona ?

    abraços.

    Victor

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    1. Po Vitor, ainda nao convenci a Lucia aceitar os treinos para maratona.....mas ainda nao desisti. E voce, o que achou de correr no Rio? Um abraço,

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